Em um comunicado, o Ministério de Estado da Etiópia expressou sua consternação com as acusações feitas pelo Ministério das Relações Exteriores de Mogadíscio no dia anterior e disse que o incidente foi instigado por certos elementos que tentam atrapalhar a normalização das relações entre as duas nações.
Ele denunciou esses terceiros como tendo a intenção de desestabilizar o Chifre da África e como perenes sabotadores da paz na região.
“Não se deve permitir que eles frustrem o compromisso dos dois países com a paz, conforme expresso na Declaração de Ancara. O governo da Etiópia continuará a trabalhar com as agências relevantes do governo federal da Somália para evitar incidentes semelhantes”, enfatizou o texto.
Afirmou que a Etiópia valoriza e continua comprometida com a revitalização e o aprofundamento das relações fraternas entre os dois países no espírito da Declaração de Ancara.
“A determinação e a coragem dos líderes dos dois países também continuarão a fortalecer a parceria bilateral e a cooperação regional mais ampla”, concluiu a declaração.
O pronunciamento ocorre em meio a uma visita de alto nível do governo da Somália a Adis Abeba, liderada pelo chefe de estado do Ministério de Relações Exteriores e Cooperação Internacional, Ali Mohamed Omar, para aprofundar os laços bilaterais, conforme descrito na Declaração de Ancara.
O último foi assinado pelo primeiro-ministro Abiy Ahmed e pelo presidente Hassan Sheikh Mohamud em 11 de dezembro na Turquia, com a mediação do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, para acabar com as tensões.
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