Segundo o antigo coordenador do governo libanês perante a Força Interina das Nações Unidas (Unifil), o exército israelita está a tentar estabelecer o seu controlo e alcançar objetivos que não conseguiu obter na guerra contra a Resistência Libanesa (Hizbullah).
Em declarações ao canal nacional Al-Manar, Shehadeh enfatizou que Israel procura manter a liberdade de movimento militar, ao mesmo tempo que bombardeia regiões libanesas e realiza incursões no terreno sem dissuasão.
Por sua vez, indicou que o mecanismo de monitorização da trégua, composto pelos Estados Unidos, França, Unifil, exército libanês e forças israelitas, não demonstrou qualquer eficácia em parar estas violações ou em pressionar Tel Aviv para parar os seus repetidos ataques.
O brigadeiro-general observou que a instalação de tendas pelos colonos israelitas na área de Maroun al-Ras reflete claras intenções agressivas e de colonização em relação ao sul do Líbano.
Por seu lado, indicou que o Hezbollah ainda adere ao acordo de cessar-fogo em vigor desde 27 de Novembro, numa tentativa de dar ao Comitê Internacional a oportunidade de desempenhar o seu papel.
Em vez disso, Israel completou a destruição de aldeias do sul e bombardeou áreas nas profundezas do Bekaa, em claras violações das resoluções internacionais, observou ele.
Shehadeh disse que o avanço de Israel para o norte, atingindo uma distância de 12 quilômetros da passagem de Al-Masnaa na fronteira entre o Líbano e a Síria, procura impor novas regras.
O oficial libanês mencionou a presença de aviões de reconhecimento sobre o espaço aéreo nacional e a intenção de permanecer no sul do país mesmo após o término do período determinado da trégua, segundo o jornal hebraico Haaretz.
Para o brigadeiro-general, a insistência de Israel em continuar com as suas políticas agressivas confirma a importância da Resistência para enfrentar o projeto americano-sionista na região.
mem/yma/ls