Em declarações ao meio digital La Posta, os policiais uniformizados afirmam que prenderam os menores por “crime flagrante”, algo que não foi comprovado.
Além disso, indicaram que não sabiam que eram menores e afirmam não tê-los agredido, embora um vídeo mostre os abusos.
Estas declarações são dadas dentro do quartel, presumo que sejam aprovadas pela autoridade superior, e preocupa-nos que seja um roteiro estabelecido pelo próprio Ministério da Defesa, indicou Navarrete em entrevista esta sexta-feira à Rádio Pichincha.
O ativista, que é diretor executivo da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos, questionou a conduta institucional, nomeadamente do Ministério da Defesa, que procura encobrir ou minimizar os danos perpetrados, atacando mesmo as famílias reclamantes.
Na sua opinião, existem provas suficientes da responsabilidade dos militares em relação ao desaparecimento forçado das quatro crianças de Guayaquil.
A audiência para formulação de acusações contra os 16 militares supostamente envolvidos no caso declarado desaparecimento forçado acontecerá no dia 31 de dezembro.
A Promotoria solicitará a denúncia contra os integrantes da Força Aérea Equatoriana que detiveram os menores no dia 8 de dezembro no setor Las Malvinas, ao sul da cidade costeira.
As crianças desaparecidas são Josué Arroyo (14 anos), Ismael Arroyo (15 anos), Saúl Arboleda (15 anos) e Steven Medina (11 anos).
Vários corpos foram encontrados na última terça-feira perto da Base Aérea de Taura, a 39 quilômetros de Guayaquil, mas ainda não foram identificados.
Este facto que impacta o país tem levado a manifestações em várias cidades, enquanto organizações internacionais manifestaram preocupação e apelaram ao Governo para investigar.
O Ministro do Governo, José De La Gasca, garantiu hoje que a posição do Executivo é de “total transparência, zero impunidade e solidariedade.
lam/avr/ls