O Palácio Nacional da Cultura da capital foi o centro do evento, recebendo 10 chefes de Estado e de governo, além de outros 2.000 convidados e delegados de vários setores.
Os quatro comandantes da Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG), Rolando Morán, Pablo Monsanto, Carlos González e Jorge Rosal, bem como o então presidente Álvaro Arzú (1996-2000) como testemunha de honra, assinaram o documento.
Os quatro membros da Comissão de Paz e o ex-secretário-geral da ONU, Boutros Boutros Ghali, também assinaram o documento.
Milhares de pessoas aguardaram em frente à Praça da Constituição a proclamação final do fim das hostilidades com o sonho de uma vida melhor.
É o início de uma nova era na Guatemala, uma era em que todos nós temos algo a dizer e a fazer”, disse Arzú à multidão.
Um evento que deve nos encontrar com a mente clara, o coração limpo e as costas largas para trabalharmos todos juntos por uma pátria livre, que esteja no caminho do progresso e do desenvolvimento, observou ele.
No evento do ano passado, sem a presença do então chefe de Estado Alejandro Giammattei (2020-2024), o diretor executivo da Comissão de Paz e Direitos Humanos, Ramiro Contreras, enfatizou que a questão era uma prioridade.
Pouco tempo depois, em fevereiro de 2024, a nova administração do país ratificou seu compromisso de dignificar as vítimas do conflito armado interno.
A história deve ser conhecida para evitar que o que nos machucou tanto continue afetando a população”, declarou a vice-presidente Karin Herrera.
Os analistas políticos locais consideram evidente que os direitos econômicos, sociais e culturais que foram assinados ainda estão longe de serem alcançados pela maioria.
A guerra civil que assolou esse território centro-americano de 1960 a 1996 deixou mais de 200 mil mortos e 45 mil desaparecidos, de acordo com números oficiais.
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