“Estamos preparados para qualquer cenário. Se surgirem novas ameaças de mísseis, os adversários receberão uma rejeição decisiva na forma de contramedidas técnico-militares. Por sua vez, medidas hipotéticas para criar condições aceitáveis para um diálogo igualitário serão levadas em conta”, disse o ministro.

Lavrov também observou que a Rússia só está interessada em “um trabalho abrangente para reduzir a possibilidade de conflito, com ênfase na eliminação das causas fundamentais das divergências fundamentais no campo da segurança”.

A primeira e mais importante é a expansão de longo prazo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste. Foi isso que, em grande parte, desencadeou a crise ucraniana e continua a representar uma ameaça à segurança da Rússia, enfatizou.

O principal diplomata também não descartou a possibilidade de seu país discutir o controle de armas com os EUA, mas “apenas como parte de uma agenda mais ampla”.

Ao mesmo tempo, Lavrov destacou que atualmente não há condições para um diálogo estratégico com Washington sobre o controle de armas devido à postura extremamente antirrussa das atuais autoridades dos EUA.

Até que os americanos abandonem seu atual curso antirrusso, não conduziremos nenhuma negociação com eles sobre o controle de armas, disse ele.

Moscou vem denunciando há anos a expansão da OTAN em direção às fronteiras da Rússia, o aumento das forças aliadas na Europa, o aumento contínuo dos gastos militares dentro do bloco e seu crescente envolvimento no conflito ucraniano.

A OTAN, o bloco militar liderado pelos EUA, apesar de suas promessas de não se expandir em direção às fronteiras da Rússia, está atualmente cercando a Rússia em seu flanco ocidental.

Em 19 de dezembro, o vice-conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jon Finer, disse que Washington não pararia de tentar dialogar com Moscou sobre o controle de armas.

Finer acrescentou que o próximo governo dos EUA, liderado pelo presidente eleito Donald Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, terá uma “vantagem significativa” em possíveis conversações devido ao trabalho do presidente cessante Joe Biden na modernização nuclear.

mem/gfa/mb