A viagem de mais de mil quilômetros entre as duas cidades terminou em 8 de janeiro e marcou o primeiro encontro direto entre os cubanos e o líder guerrilheiro, que mais tarde conduziria o destino da nação e construiria, junto com as forças revolucionárias, um projeto socialista de referência mundial.
As forças insurgentes entraram na cidade oriental no primeiro dia de janeiro de 1959 e, das sacadas da prefeitura no Parque Céspedes, o Comandante Fidel Castro proclamou a vitória sobre as tropas do exército regular do regime de Fulgencio Batista (1952-1958).
Depois de mais de dois anos de hostilidades contra a ditadura de Batista, as colunas rebeldes foram bem recebidas pelos habitantes das cidades ao longo da rota, o que evidenciava o retumbante apoio popular à proposta de mudança política que se iniciava na ilha caribenha.
De acordo com os cronistas desse feito heroico, o contingente de humildes soldados e patriotas, com uniformes de combate e longas crinas, impregnou a população com uma mística que elevou a proporções épicas as histórias de suas vitórias militares sobre forças regulares mais bem equipadas e treinadas.
O avanço da Caravana do Oriente para o Ocidente mostrou a possibilidade de realizar sonhos de justiça social há muito adiados e, ao mesmo tempo, apontou inúmeros perigos que a Revolução teve de superar diante da hostilidade de seus inimigos internos e externos.
Essa certeza ficou muito clara para o líder insurgente quando ele afirmou que, desta vez, os Mambises – os fundadores da independência e do anticolonialismo – haviam de fato entrado na heroica cidade de Santiago de Cuba.
Da mesma forma, em Cuba, cada aniversário desse evento é lembrado com a declaração de Fidel Castro de que “desta vez foi a verdadeira Revolução, que não admitiu traidores, corruptos, vendidos ou anexacionistas”.
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