No Senado, 12 de seus 100 membros conquistaram assentos nessas eleições, enquanto na Câmara dos Deputados há mais de 60 dos 435 membros que compõem esse órgão. Todos serão empossados em 3 de janeiro.
Assim, o Capitólio concluirá a movimentação entre os que estão saindo e fazendo as malas e os que estão chegando para se estabelecer em Washington.
O novo Congresso terá diante de si decisões importantes, como o plano de gastos a ser discutido em março, que no final de novembro foi objeto de negociações de última hora na atual legislatura, após a oposição do presidente eleito Donald Trump e de seu aliado Elon Musk a um acordo bipartidário para evitar uma paralisação do governo.
Também deverá ocorrer a eleição do presidente da Câmara dos Deputados, cujo martelo está nas mãos do republicano da Louisiana Mike Johnson, que já conta com o importante endosso de Trump para permanecer no cargo.
Na segunda-feira, Trump escreveu em sua rede social Truth que Johnson é “um homem bom, trabalhador e religioso” que “fará a coisa certa e continuaremos a vencer”, por isso ele tem “meu apoio total e completo”.
Apesar do endosso público do futuro 47º presidente da Câmara, o congressista republicano Thomas Massie postou na plataforma X que não votará em Johnson, culpando-o por ter feito “parceria com os democratas para enviar dinheiro para a Ucrânia, autorizado a espionagem de americanos e estourado o orçamento”.
A eleição do presidente da Câmara dos Deputados em outubro de 2023 seguiu um processo de caos interno no partido. Johnson surgiu como a quarta opção dos republicanos após as candidaturas de Steve Scalise, Jim Jordan e Tom Emmer.
Nenhum deles conseguiu reunir apoio suficiente para suceder Kevin McCarthy, que foi deposto naquele mês em uma moção do então deputado da Flórida Matt Gaetz, membro da ala mais conservadora do partido no plenário e, até recentemente, indicado por Trump para procurador-geral em seu segundo governo.
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