Em 2022, o presidente Luis Lacalle Pou havia prometido à Organização Sionista do Uruguai abrir um escritório na cidade ocupada por Israel, apesar das resoluções da ONU.
Antes do final do ano, o atual governo inaugurou o escritório por meio de um acordo entre a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Agência Nacional de Pesquisa e Inovação do Uruguai.
O acordo foi repudiado por mais de 20 organizações sociais, incluindo a central sindical PIT-CNT, a Federação de Estudantes Universitários e os deputados da Frente Ampla, que consideraram que o próximo governo deveria reverter tal medida.
A decisão do atual governo, argumentam, “continua a distanciar o Uruguai da legalidade internacional e o posiciona em laços mais estreitos de normalização com o regime de apartheid israelense”, diz uma declaração assinada por 26 organizações.
Eles afirmam que, “no discurso sionista”, o conceito de inovação para o desenvolvimento de tecnologias avançadas faz parte de “uma estratégia para branquear a imagem de Israel e tornar invisíveis suas práticas colonialistas, de apartheid e de genocídio”.
Portanto, eles exigem que tanto o governo que está saindo quanto o que está entrando “retifiquem o curso” e “fechem o escritório”, bem como “qualquer outro projeto de cooperação e intercâmbio com universidades, instituições ou empresas israelenses envolvidas e a serviço do regime de dominação colonial de Israel”.
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