Sob gritos de intervenção militar e de repúdio à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguidores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e saquearam os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio Presidencial nessa data em 2023.
Os presos pelos episódios violentos foram acusados dos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio declarado.
Esses eventos extremistas deixaram um prejuízo material de 20,7 milhões de reais (cerca de quatro milhões de dólares).
Nas condenações, impostas até agora a mais de 260 pessoas, o STF estabeleceu o pagamento de uma multa de R$ 30 milhões (cerca de seis milhões de dólares), dividida entre todos os réus, por danos coletivos.
Lula realizou uma reunião ministerial no dia 20 de dezembro e convocou os ministros para o aniversário, pois, segundo ele, a data não pode ser esquecida.
Ele também disse que quer convidar autoridades de outros países para participar de movimentos em defesa da democracia não só no Brasil, mas também no mundo.
Em 2024, o Congresso Nacional realizou um evento chamado Democracia Inquebrantável, que marcou o primeiro ano da tentativa de golpe.
Durante a celebração, Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes exigiram punição para os envolvidos na trama.
“Não há perdão para aqueles que atacam a democracia, seu país e seu próprio povo”, disse o líder progressista em um discurso de pouco mais de 10 minutos.
Ele disse que o perdão “soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo-conduto para novos atos terroristas”.
Segundo Lula, não houve golpe no Brasil no dia 8 de janeiro de 2023, data marcada em preto na história nacional, porque não houve apoio das Forças Armadas e Bolsonaro foi um covarde.
“Não houve golpe, não só porque algumas pessoas que estavam no comando das forças armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia do presidente (Bolsonaro), mas também porque o presidente é um covardão”, disse ele em março, na abertura da primeira reunião ministerial de 2024.
Ele disse que o político de extrema direita “não teve coragem de executar o que planejou. Ficou aqui no palácio (Planalto, sede do poder executivo) chorando quase um mês”.
Ele preferiu, ressaltou, “fugir para os Estados Unidos do que fazer o que havia prometido, com a expectativa de que fora do país o golpe pudesse acontecer”.
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