No comunicado aqui divulgado por vários meios de comunicação social em referência às declarações ameaçadoras do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que exigia a devolução daquela estrada construída pelo seu país em 1914, os diplomatas apoiaram o istmo e afirmaram que o ativo estratégico não é negociável.
Na mensagem de representantes diplomáticos de países como México, Chile, Colômbia, Brasil e Panamá, foi reafirmada a importância dos Tratados Torrijos-Carter assinados em setembro de 1977 como base para a transferência do canal para o controle panamenho e como símbolo de autonomia regional.
Os ex-ministros das Relações Exteriores destacaram que a gestão do canal pelo Panamá tem sido exemplar, garantindo o seu funcionamento como eixo do comércio marítimo internacional e motor do desenvolvimento econômico global.
Da mesma forma, sublinharam que a soberania do país sobre esta infraestrutura é um exemplo do esforço e da solidariedade internacional que apoiou o povo panamenho na sua luta histórica pelo controle da rota fluvial por onde passam quase seis por cento do comércio mundial.
“É indiscutível que o Panamá administrou o Canal com responsabilidade e que representa um símbolo de orgulho para toda a América Latina”, afirma o documento.
Entre os signatários destacam-se figuras como José Miguel Insulza (Chile), María Ángela Holguín (Colômbia), Claudia Ruiz (México), Samuel Lewis e Isabel de Saint Malo (Panamá), entre outros, que enfatizaram seu apoio incondicional ao nação centro-americana na legítima defesa do seu mais importante activo econômico.
Este apoio internacional reforça a posição do Panamá contra qualquer tentativa de questionar a sua autonomia sobre o canal, consolidando o compromisso da região com os princípios da soberania e da independência.
Na cerimônia solene de comemoração dos 25 anos de administração do Canal do Panamá, no dia 31 de dezembro, o Presidente da República, José Raúl Mulino, afirmou que a hidrovia interoceânica continuará a ser para os panamenhos e os panamenhos a serviço do mundo.
Nas palavras centrais da comemoração, o chefe de Estado sublinhou que não há outras mãos no canal.
“Você pode ter certeza de que em nossas mãos ficará para sempre”, comentou.
ode/ga/hb