A chancelaria comemorou a entrada do país no grupo como membro titular, após anúncio feito ontem pelo Brasil, que ocupa a presidência rotativa em 2025.
“Esta conquista reflete o crescente papel ativo da Indonésia nos assuntos globais, bem como o seu compromisso em reforçar a cooperação internacional para alcançar uma ordem global mais inclusiva e equilibrada”, afirmou a organização num comunicado.
Segundo a declaração, os BRICS constituem “uma plataforma importante para a Indonésia fortalecer a cooperação Sul-Sul, garantindo que as vozes e aspirações dos países do Sul Global sejam ouvidas e representadas no processo de tomada de decisão global”.
Nesse sentido, a mensagem reitera a gratidão à Rússia, presidente dos BRICS em 2024, “pelo seu apoio e liderança para facilitar a adesão da Indonésia”, bem como ao Brasil.
Esta segunda-feira, a chancelaria do gigante sul-americano destacou que a organização incorpora o país mais populoso do Sudeste Asiático, que “compartilha com os demais membros a vontade de reformar as instituições de governança global e contribuir positivamente para a cooperação no Sul Global”.
Antes da adesão, o grupo já representava quase metade da população mundial, 40% da produção mundial de petróleo e cerca de 25% das exportações de bens.
Na sua mais recente cimeira, realizada na cidade russa de Kazan, os membros dos BRICS apoiaram a criação de uma plataforma de investimento para impulsionar o fluxo de investimentos no Sul Global, bem como a utilização de moedas nacionais em transações entre si e seus parceiros de negócios. Concordaram também em estudar a possibilidade de criar o sistema independente de pagamentos e depósitos transfronteiriços Brics Clear e fortalecer o banco de desenvolvimento do grupo.
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