9 de January de 2025
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Aumento do salário mínimo é questão pendente em El Salvador

Aumento do salário mínimo é questão pendente em El Salvador

San Salvador, 9 de jan (Prensa Latina) O aumento do salário mínimo é uma questão pendente em El Salvador e sua omissão pode ser um indicativo de que a economia não vai bem, estimam hoje comentaristas

Até este início de 2025, o chamado Pequeno Polegar das Américas é a única nação centro-americana onde não foi aumentado o valor mínimo pago a um trabalhador e que, apesar de haver proclamações de progresso na economia, mostra o oposto.

O atual governo aumentou o valor do salário mínimo em agosto de 2021, enquanto nos países vizinhos, desde então, houve aumentos de até 43 por cento.

Entre os mais afetados estão os catadores de café que ganham US$ 243,45 por mês, algo que não é suficiente num país onde, por exemplo, o preço da cesta básica subiu em três anos.

Por lei no país, o salário mínimo deve ser aumentado a cada três anos, algo que faz uma equipe formada por representantes do Governo, empregadores e trabalhadores, mas eles não se viam desde agosto de 2022, e não era necessariamente para aumentar os pagamentos.

Especialistas como o economista Otto Rodríguez avaliam que vários fatores influenciam a ausência do aumento, entre eles, que o país tem uma economia dolarizada, que esta é a economia mais precária da região e o baixo crescimento.

Os comentadores estimam, vendo esta situação, que o problema se estenderá até 2025 se se considerar que o Fundo Monetário Internacional (FMI) exigiu ao governo um empréstimo, um ajustamento fiscal, pelo que se descarta que os recursos sejam utilizados para estes fins.

É provável que este ajustamento faça parte do “remédio amargo” que o Presidente Nayib Bukele anunciou para melhorar a economia do país.

Com o salário mínimo que existe hoje, poucos salvadorenhos conseguem sobreviver, algo que muitos conseguem graças às remessas que recebem do estrangeiro e que são utilizadas principalmente para consumo de alimentos, pagamentos de habitação e outros serviços.

Por outro lado, alguns especialistas e gestores como Danilo Pérez, do Centro de Defesa do Consumidor (CDC), e Rodríguez, ex-vice-presidente do Banco Central de Reserva (BCR), estimam que para uma cesta básica correta um cidadão precisaria pelo menos 500 dólares mensais.

De uma forma geral, as perspectivas não são nada animadoras, uma vez que a dívida pública do país já atingiu 32,53 milhões de dólares, podendo ser aumentada com recursos que não serão necessariamente utilizados para aumentar o salário base.

ro/lb / fav

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