Segundo a agência, a temperatura média no país no ano passado foi de 25,02 graus Celsius, 0,79 acima da média histórica de 24,2 registrada entre 1991 e 2020.
Depois de analisar os desvios nas temperaturas médias anuais de 1961 a 2024, o Inmet encontrou uma tendência de crescimento significativo da temperatura ao longo dos anos, disse o ministério.
O exposto acima, disse ele, pode estar associado às mudanças climáticas como resultado do aumento das temperaturas globais e das mudanças ambientais locais.
No início de dezembro, cientistas da União Europeia projetaram que 2024 seria o ano mais quente já registrado, em meio a preocupações crescentes sobre a variação atmosférica e seus impactos.
No ano passado, além das secas severas nos biomas Amazônia e Pantanal, também ocorreram enchentes catastróficas no estado do Rio Grande do Sul, que devastaram cidades inteiras e deixaram áreas submersas por semanas.
Fora do Brasil, a Itália sofreu com aridez acentuada, enquanto inundações devastadoras também ocorreram na Espanha, Sudão e Nepal.
Ondas de calor atingem México, Mali e Arábia Saudita. Além disso, ciclones deixaram rastros de destruição nos Estados Unidos e nas Filipinas, entre outros eventos climáticos extremos ao longo do ano passado.
Estudos científicos confirmaram que as mudanças climáticas causadas pelo homem são responsáveis por todos esses desastres.
As emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis são a principal causa das mudanças climáticas.
Segundo o observatório europeu Copernicus, 2024 foi o ano mais quente já registrado, com uma média global de 15,10 graus Celsius, superando os 1,6 do período pré-industrial.
Este é o primeiro período a quebrar a barreira de 1,5 grau Celsius estabelecida no Acordo de Paris.
As causas incluem o aumento de gases de efeito estufa e fenômenos naturais como o El Niño. Especialistas alertam para desafios climáticos sem precedentes.
Incêndios florestais e eventos climáticos extremos aumentaram em frequência e intensidade.
“Estamos enfrentando um novo desafio climático para o qual não estamos preparados”, disse Carlo Buontempo, diretor do Copernicus.
Ele enfatizou a importância de usar dados para ajudar a sociedade a se preparar para lidar com segurança com eventos extremos resultantes das mudanças climáticas.
mem/ocs/bj