Aprovada pelo Congresso em dezembro, a proposta estabelece que os alunos só podem usar os dispositivos em situações específicas, como para fins educacionais, acessibilidade ou para garantir sua própria segurança.
O governo federal sinalizou que concorda com o texto e, antes mesmo da aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado, o Ministério da Educação já havia começado a discutir com estados e municípios formas de regulamentar a futura lei.
A proposta aprovada prevê que o uso do celular será permitido nos casos em que for estritamente pedagógico ou didático, conforme orientação do professor, para garantir acessibilidade e inclusão.
Além disso, abordar as condições de saúde dos alunos e garantir seus “direitos fundamentais”.
O texto não se limita aos celulares, pois não especifica quais aparelhos eletrônicos portáteis terão seu uso proibido em centros educacionais.
A lista também inclui leitores de e-books, tablets e outros dispositivos semelhantes.
Esta regra será aplicada às escolas públicas e privadas, desde a pré-escola até o ensino médio.
No Brasil, alguns estados e municípios já possuem leis que restringem o uso dos aparelhos.
A cidade do Rio jan, por exemplo, proibiu o uso de celulares nas escolas públicas municipais em fevereiro de 2024.
Esta medida se aplica a todo o ano letivo, incluindo férias e intervalos entre aulas.
De acordo com um relatório de 2022 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), 65% dos estudantes do país, dos 690.000 avaliados, disseram que se distraíam com laptops nas aulas de matemática.
Especialistas dizem que o consumo excessivo de conteúdo de mídia social, por meio de celulares e outros meios, está relacionado a transtornos de ansiedade, transtornos alimentares e depressão.
O Brasil tem cerca de 1,2 smartphone por habitante e um total de 268 milhões de dispositivos em uso, segundo dados coletados em setembro.
Há também 1,8 unidades (incluindo smartphones, laptops e tablets) para cada habitante no gigante sul-americano, totalizando 384 milhões em uso.
Esse número representa um aumento em relação ao mesmo período de 2023, que registrou 1,7 dispositivos portáteis ativos por habitante.
Diariamente, 2.300 celulares são vendidos no Brasil.
jha/ocs/bj