A Constituição dos EUA estabelece que o presidente “nomeará” e o Senado “consentirá e indicará” determinados cargos importantes no país, como membros do poder executivo e embaixadores.
Cada indicado deve receber o apoio de uma maioria simples de senadores. Para esse processo, eles devem comparecer pessoalmente perante os comitês relevantes da câmara alta, onde devem responder a perguntas sobre seus objetivos para o cargo ou seu histórico.
As comissões enviarão ao plenário – após as audiências – um relatório no qual recomendarão ou não o candidato, mas se não emitirem um relatório, a indicação será anulada.
No caso de Hegseth, um veterano de guerra e radialista da rede conservadora Fox, que foi duramente criticado desde sua indicação como Secretário de Defesa por comportamento sexual inadequado, ele terá que enfrentar o painel amanhã, assim como Doug Collins, que deverá ser o Secretário de Assuntos de Veteranos.
Na quarta-feira, haverá a audiência de Marco Rubio (Secretário de Estado); Kristi Noem (Secretária de Segurança Interna); Pam Bondi (Procuradora Geral); John Ratcliffe (Diretor da CIA); Sean Duffy (Secretário de Transportes); Chris Wright (Secretário de Energia); e Russell Vought (Diretor do Escritório de Gestão e Orçamento).
A audiência com Pam Bondi e Scott Bessent, indicado por Trump para ser o Secretário do Tesouro, voltará na quinta-feira.
Ainda não há datas para outras figuras polêmicas do próximo governo, como Lori Chavez-DeRemer (Secretária do Trabalho); Tulsi Gabbard (Diretora da Inteligência Nacional); Robert F. Kennedy Jr. (Secretário de Saúde e Serviços Humanos) e Kash Pael (Diretor do FBI).
Além disso, há as indicações de Howard Lutnick (Comércio); Linda McMahon (Educação); Brooke Rollins (Agricultura) e Elise Stefanik (Embaixadora na ONU).
O republicano já sofreu um primeiro revés ao tentar colocar o ex-deputado da Flórida Matt Gaetz no comando do Departamento de Justiça.
Após as eleições de 5 de novembro, o Partido Republicano manteve o controle da Câmara dos Deputados e assumiu o controle do Senado, onde detém 53 das 100 cadeiras. Apenas três deserções poderiam ser permitidas no momento da votação.
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