Ao recebê-lo no Palácio Baabda, na capital libanesa, o Chefe de Estado da República do Líbano destacou ao Presidente francês a necessidade de estabelecer um cessar-fogo.
O presidente libanês pediu o retorno dos prisioneiros, bem como a reconstrução de aldeias e regiões do país que foram destruídas em consequência da recente agressão israelense.
Durante uma reunião bilateral, Aoun pediu a Macron que testemunhasse ao mundo inteiro que a confiança do povo libanês em seu país e estado foi restaurada.
Ele também pediu ao presidente francês que ordenasse que a empresa Total Energies retornasse ao país para continuar as operações de exploração de petróleo nos blocos libaneses, após uma suspensão em outubro de 2023 após o início da guerra israelense.
Na ocasião, indicou que os recentes acontecimentos na Síria têm repercussões na situação no Oriente Médio e no Líbano em particular, em termos de controle das fronteiras entre os dois países, prevenção da infiltração de pessoas ilegais e trabalho para o retorno dos sírios deslocados ao seu país.
Sobre o acordo de cessar-fogo em Gaza, o Presidente da República considerou que a cessação das hostilidades alcançadas deverá constituir um salto qualitativo na região se Israel aderir a ele.
Durante sua segunda visita oficial ao país, Macron disse que o exército israelense deve se retirar completamente e as armas devem permanecer exclusivamente nas mãos das Forças Armadas Libanesas.
Ele disse que manter o Líbano livre de interferência externa é essencial para a implementação do acordo de cessar-fogo, que está em vigor desde 27 de novembro.
O presidente francês expressou seu comprometimento com o Líbano e seus esforços para delimitar as fronteiras ao longo da Linha Azul e apoiar a soberania total sobre todo o seu território.
Ele insistiu no fortalecimento do papel da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), ao mesmo tempo em que reafirmou o compromisso da França em intensificar seu apoio ao Líbano.
Mais tarde, Macron realizou uma reunião conjunta com o presidente Aoun, o primeiro-ministro interino Najib Mikati e o presidente do Parlamento, Nabih Berri.
No seu regresso à nação dos cedros desde 2020, na sequência da explosão no Porto de Beirute, o Presidente da França anunciou a organização de uma conferência internacional em Paris para mobilizar os esforços franceses e europeus na reconstrução do Líbano, e apelou à formação de um novo governo o mais breve possível.
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