22 de February de 2025

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Reforma previdenciária no Chile, necessária, mas controversa

Reforma previdenciária no Chile, necessária, mas controversa

Santiago do Chile, 19 jan (Prensa Latina) Após 10 anos de debates sobre a reforma previdenciária, o Chile acelera seu ritmo para chegar a um acordo bem-sucedido para melhorar as pensões, uma questão que hoje gera expectativas, mas também polêmicas.

O diagnóstico é claro: no país 72% dos saques são inferiores ao salário mínimo e um em cada quatro aposentados recebe valores abaixo da linha da pobreza, problema que é agravado nas mulheres, que recebem menos porque têm maior expectativa de vida.

O modelo de pensões no Chile foi estabelecido em 1980 durante a ditadura de Augusto Pinochet e durante mais de 40 anos os Administradores de Fundos de Pensões (AFP) utilizaram as poupanças dos trabalhadores para obter lucros milionários.

Após intensos debates, o Governo e a oposição chegaram a um acordo que, segundo a ministra do Trabalho, Jeannette Jara, é um avanço importante porque cumpre o objetivo de melhorar as pensões atuais e elevar as projeções para os futuros reformados.

O documento debatido na Comissão Trabalhista do Senado beneficiará cerca de 2,8 milhões de idosos, com um aumento nas aposentadorias entre 14 e 35%.

A proposta garantirá que, na mesma idade e com poupanças iguais, homens e mulheres recebam o mesmo, e o seguro cobrirá os riscos de velhice e invalidez.

Prevê também a criação de um Fundo de Segurança Social financiado por uma porcentagem da contribuição patronal, que será de 8,5%.

Mas a iniciativa gera críticas, sobretudo porque não cumpre o objetivo inicial de acabar com as AFPs, que enriqueceram as custas dos trabalhadores, ao mesmo tempo que provocaram muita miséria aos seus associados.

Em resposta a estas declarações, Jara lembrou que para concretizar esta ideia é preciso passar pelo Parlamento e aí o Governo não tem maioria. Para a próxima terça-feira, o Coordenador Nacional No More AFP convocou uma manifestação na Praça de Armas de Santiago com o objetivo de rejeitar o acordo, que – disseram – não melhora as pensões e, pelo contrário, beneficia a AFP com mais recursos vindo dos trabalhadores.

O projeto segue tramitando na Comissão de Trabalho do Senado, de onde deverá seguir para a Comissão do Tesouro e depois para o plenário, antes de ser enviado à Câmara dos Deputados para possível aprovação neste mês de janeiro, algo que ainda está para ser visto.

mem/car/cm

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