Na República Bolivariana “estamos caminhando para uma democracia direta, real e participativa, na qual o povo organizado se torna o alfa e o ômega dos processos políticos, econômicos e sociais, e das decisões subsequentes”, disse ele em sua conta na rede social Telegram.
Ele enfatizou que o “Poder Obediente da Revolução se baseia na organização do povo em seus territórios e no exercício permanente e enraizado da democracia na vida cotidiana”.
Arreaza questionou a noção de democracia no mundo ocidental que, segundo ele, nada mais é do que uma pantomima institucional por meio de uma simulação de liberdades para garantir o domínio das corporações capitalistas e de seus proprietários.
Essa “democracia” corporativa já foi desnudada e carece de credibilidade e legitimidade, disse ele.
O ex-ministro das Relações Exteriores da Venezuela destacou que os mísseis do capitalismo corporativo global “não visam apenas nossos recursos naturais e a disputa histórica por seu controle, mas também buscam impedir que a democracia venezuelana (a comuna, o Poder Popular) surja plenamente, seja canalizada e imposta”.
“Buscamos construir a democracia, da qual eles estão fugindo há séculos”, disse ele.
O diplomata fez sua reflexão no contexto das assembléias de cidadãos para a nomeação e posterior votação de projetos nas mais de cinco mil comunas e circuitos comunais, que terminam amanhã em todo o país.
Esses dias democráticos precederão a primeira das quatro consultas nacionais a serem realizadas em 2025, a primeira das quais ocorrerá em 2 de fevereiro, conforme anunciado pelo presidente Nicolás Maduro. Os projetos selecionados pelo voto secreto, direto e universal dos cidadãos serão financiados pelo Conselho Federal de Governo, informou o Ministério das Comunas e Movimentos Sociais em um comunicado à imprensa.
O chefe da entidade, Ángel Prado, informou que o Poder Popular organiza e desenvolve essas assembleias e afirmou que os projetos que emanam desse ato democrático terão um prazo até 21 de janeiro para serem carregados no Sistema de Integração Comunal.
Há alguns dias, Arreaza enfatizou o papel de liderança desse setor durante 2024 e destacou sua importância estratégica para o ano em curso na definição do futuro.
Como parte da estratégia de curto, médio e longo prazo, o governo de Nicolás Maduro propôs transferir todo o poder para o Poder Popular e Comunal, a fim de avançar na consolidação da Revolução Bolivariana rumo à construção do socialismo do século XXI.
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