Terá caráter nômade e pretende promover seu modelo em outras cidades espanholas e estrangeiras, segundo o acordo alcançado nesta segunda-feira pelos Ministérios da Cultura, da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico, da Habitação e da Agenda Urbana.
O Principado das Astúrias, a Câmara Municipal de Avilés e a Fundação Atelier também são signatários desta iniciativa, unindo-se numa grande aliança para criar a Bienal do Clima, o primeiro evento de arte e clima concebido em Espanha.
Segundo os promotores da ideia, será um espaço de encontro que a cada dois anos propõe usar a cultura e a arte para promover a reflexão, o debate e a ação em processos de transição climática justa.
Ela reformula o modelo tradicional de bienal para promover a produção artística e curatorial sustentável, juntamente com um dispositivo híbrido que atrai públicos diversos, com códigos que vão além da arte contemporânea e das exposições.
Busca também incentivar a pesquisa científica e artística, com residências e projetos artísticos para espaços e infraestruturas públicas.
O protocolo foi assinado por Jordi Martí Grau, Secretário de Estado da Cultura; Hugo Morán, Secretário de Estado do Meio Ambiente; David Lucas Parrón, Secretário de Estado da Habitação; Gimena Llamedo, Vice-Presidente do Principado das Astúrias; Maria Virtudes Monteserin, Prefeita de Avilés; e Leda Stott Harrison, presidente da fundação Atelier itd.
Gimena Llamedo comentou que “um dos grandes desafios dos nossos dias é a luta contra as mudanças climáticas: um desafio tecnológico e econômico, mas também cultural. A voz da arte, da criação ou da cultura é importante, por isso a bienal “It’s um projeto tão bem-sucedido.”
Amanda Masha Caminals, diretora artística da Bienal do Clima, explicou que “estamos projetando uma bienal de código aberto que atrai um público muito diverso, além daqueles especializados em arte contemporânea”.
O negacionismo climático e o descrédito das instituições científicas estão na vanguarda dos mais sensíveis. Para combatê-los e sincronizar mentes e espíritos na atual transição ecológica, é fundamental dar centralidade aos agentes que melhor dominam essa linguagem, e aos artistas, em sua diversidade, acrescentou Caminals.
mem/ft/ls