O resultado foi refletido na IX Pesquisa de Humor Social e Político denominada “Pensamento religioso dos cidadãos, atualidades e mineração”, que foi explicada nesta terça-feira por Oscar Picardo, diretor de Ciência e Tecnologia da Universidade Francisco Gavidia.
A pesquisa, realizada entre 11 e 15 de janeiro de 2025, que contou com 1.225 entrevistas de casa em casa, mostrou uma redução na percepção dos compatriotas em relação ao trabalho do presidente.
Após seis anos com tendência estável de 8,3 para 8,7, agora em 2025 foi reduzida para 7,73, algo que alguns especialistas estimam ser resultado do desgaste político e do provável impacto da aprovação da mineração de metais que uma alta porcentagem da população adversa.
O acadêmico explicou que “é a primeira vez em seis anos que ultrapassa a faixa de oito e que provavelmente está intimamente ligado à questão da mineração”.
Ele estimou que a aprovação da mineração em El Salvador sem dúvida afetou a classificação do presidente Bukele. Acho que há “uma espécie de voto de punição nessa nota ou mensagem porque podemos ver a estabilidade estatística de 2020 a 2024, não mudou muito e de repente vemos essa queda”, frisou.
A pesquisa da Gavidia constatou que 48,33% da população acredita que o país não tem condições para a mineração de metais, o que foi aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo presidente em 23 de dezembro em meio a protestos de ambientalistas e setores sociais.
Apesar da alta porcentagem de pessoas que rejeitam a ação, mais de 40 por cento acreditam que há um tesouro
ouro “sob nossos pés”, revelou a amostragem.
Da mesma forma, 14,45% dos salvadorenhos responderam que o país “tem poucas condições”, enquanto 1,71% preferiram não responder à pergunta, de acordo com os pesquisadores que visitaram as famílias salvadorenhas.
A pesquisa abordou aspectos como religiosidade, em que 78% se declararam crentes, 47% se consideram evangélicos e 36,82% se identificaram como cristãos católicos.
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