Dominguez disse que essa medida afeta os esforços globais para conter o aquecimento global e aumenta o risco para países vulneráveis, como a República Dominicana.
Ele argumentou que temperaturas mais altas, tempestades mais intensas, erosão costeira e perda de biodiversidade que ameaçam o futuro são evidências de que a mudança climática é uma realidade com a qual convivemos todos os dias.
Por isso, o antigo chefe de Estado considerou essencial que todas as nações assumam o seu compromisso com este desafio global.
Ele lembrou que a República Dominicana está entre os países mais vulneráveis às mudanças climáticas e alertou que fatores como a elevação do nível do mar, furacões mais agressivos e secas prolongadas afetam a economia, a segurança alimentar e a vida de milhares de cidadãos.
“Nosso país depende do turismo de praia, mas a erosão costeira e a elevação do nível do mar ameaçam essa fonte de renda. Além disso, muitas comunidades vivem perto de rios que transbordam durante chuvas fortes e causam sérios danos”, alertou.
O ex-ministro observou que, apesar dos riscos, as medidas de adaptação têm sido insuficientes. O desmatamento continua, os ecossistemas costeiros estão em perigo e muitas comunidades continuam expostas a desastres naturais sem infraestrutura adequada.
Segundo o ex-funcionário, a República Dominicana precisa de políticas mais fortes para proteger suas florestas, rios e costas, porque, caso contrário, os custos continuarão aumentando.
Ele pediu o fortalecimento dos compromissos ambientais e a continuidade do trabalho conjunto para enfrentar as mudanças climáticas. Ele enfatizou que cada nação tem a responsabilidade de reduzir seu impacto ambiental e proteger os recursos naturais.
No dia anterior, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto retirando seu país pela segunda vez do Acordo de Paris, que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa que causam o aquecimento global.
A medida, anunciada por Trump em seu primeiro dia no cargo, representa um golpe nos esforços globais para combater o aquecimento global, dizem especialistas.
O presidente retirou os Estados Unidos deste pacto em seu primeiro governo (2017-2021), mas seu sucessor Joe Biden devolveu o país ao acordo.
Os Estados Unidos são um dos maiores emissores de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa.
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