“Podemos ter um surto maior de dengue no Uruguai porque o vetor, que é o mosquito que transmite a infecção, está distribuído por todo o território”, disse a Dra. Zaida Arteta ao La Diaria.
É professora associada da Cátedra de Infectologia do Hospital de Clínicas, desta capital.
“É muito importante ter em mente que poderemos ter, tal como no ano passado, um grande número de casos ou até mais. Também poderemos ter menos e isso estará relacionado com as medidas de controle que possam ser implementadas no país.
Segundo o virologista Juan Cristina, a situação regional se agrava com o surgimento de um sorotipo do vírus que aumenta os riscos.
“Com a mobilidade das pessoas durante as férias, o risco de importação de casos aumenta. Apesar de não termos uma bola de cristal, tudo indica que devemos esperar um aumento significativo de casos neste verão”, explicou Cristina.
Em outubro do ano passado, a ministra da Saúde Pública, Karina Rando, sustentou que ainda não tinha havido “um aumento significativo de casos, mas poderá haver nos próximos meses” e indicou que as autoridades estavam à espera disso.
Informou então que quatro especialistas da área de Zoonoses viajaram ao Brasil para “levar as lições aprendidas de um país que tem muita experiência com esta doença” e estão atualmente trabalhando em um plano de contingência sobre como diagnosticar e abordar a doença.
No início do ano passado, o Uruguai enfrentou um número recorde de casos de dengue.
Segundo relatório do Ministério da Saúde Pública publicado em 31 de maio, foram notificados 1.112 casos, dos quais 702 eram indígenas e 410 importados (205 da Argentina, 174 do Brasil, 24 do Paraguai, entre outros).
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