“Mais uma vez, como aconteceu durante seu primeiro mandato, ele foi pressionado (pela) mesma minoria vocal que acredita que, ao tornar a vida do povo cubano o mais miserável possível, eles derrubarão o governo”, alertou o democrata de Vermont.
Welch disse: “Nossa política de sanções, isolamento e hostilidade sem dúvida contribuiu para as dificuldades diárias sofridas pelo povo cubano.”
Cuba não pertence à lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo (SSOT, sigla em inglês), e “ao colocá-la de volta nessa lista, o presidente ignorou a lei”, enfatizou o senador durante uma recente sessão legislativa da Câmara Alta.
Ele lembrou que, em sua última semana de mandato, o presidente Joe Biden retirou Cuba da lista do SSOT, designação imposta pelo ex-secretário de Estado Mike Pompeo nos últimos dias do primeiro governo Trump (2017-2021).
Essa designação causou, direta e indiretamente, grandes dificuldades ao povo cubano, disse ele, acrescentando que Biden “determinou corretamente que não há evidências de que Cuba patrocine o terrorismo internacional”.
Mas a reação daqueles que apoiaram a designação de terrorismo era previsível, ele observou, e “quando perguntado se Cuba é um patrocinador do terrorismo, o atual Secretário de Estado Marco Rubio respondeu: ‘Sem dúvida.'”
Welch enfatizou que “se os fatos e a lei apoiassem essa afirmação, eu concordaria, mas a designação se tornou uma determinação política transparente, não baseada em fatos ou na lei”.
Aqueles que afirmam que Cuba pertence à lista do SSOT “não foram capazes de apresentar nenhuma evidência de que apoie atos de terrorismo internacional”, alertou.
Em 14 de janeiro, já no final de seu mandato, Biden deu um passo tardio, mas correto, ao tomar algumas medidas em relação a Cuba, incluindo sua exclusão unilateral daquela lista.
Durante seu primeiro governo, Trump aplicou uma política de pressão máxima contra Cuba e adotou 243 medidas adicionais que reforçaram o bloqueio. Em 12 de janeiro de 2021, oito dias após deixar a Casa Branca, o republicano devolveu Cuba à lista do SSOT, onde não estava desde 2015, quando o país caribenho foi removido pelo então presidente Barack Obama.
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