Para Fernando Sáez, cofundador e diretor executivo da companhia, o sucesso geral deve-se à qualidade do trabalho dos bailarinos, dos músicos e do público que garantiu que as apresentações fossem sempre com teatro lotado.
“Essa é a terceira parada desta turnê e nossa décima temporada no Joyce”, disse Sáez em declarações por telefone à Prensa Latina, lembrando que a “estreia nesse teatro foi em março de 2014”.
A companhia, composta por 11 bailarinos, chegou aos Estados Unidos no dia 13 de janeiro. Dois dias depois, se apresentou no Byham Theatre, em Pittsburgh (Pensilvânia), e em seguida no Emerson Paramount Center em Boston (Massachusetts).
O quarteto de cordas Alma acompanha o grupo em sua turnê, assim como os irmãos Aldo López-Gavilán (pianista) e Ilmar Gavilán (violinista).
Sáez explicou que o repertório da turnê inclui quatro obras: Ara (do também fundador e diretor artístico do grupo, Osnel Delgado); Retrato de familia (do coreógrafo cubano Esteban Aguilar); Vértigo (da espanhola Susana Pous); e Vals indomable (da coreógrafa canadense Aszure Barton).
Ele também destacou a presença de Grettel Morejón, primeira bailarina do Ballet Nacional de Cuba, que participou pela primeira vez com a companhia. “Foi muito bonito, é a primeira vez da Grettel conosco, espero que seja o começo de muitas outras”, enfatizou.
Sáez antecipou que, em 31 de janeiro, Malpaso – fundada em 2013 – se apresentará na sala Covarrubias do Teatro Nacional, dentro da programação do Festival Internacional Jazz Plaza 2025.
Quando questionado sobre os laços culturais entre Cuba e os Estados Unidos, Sáez opinou que são claros e evidentes, especialmente quando se explora a história da dança. Ele afirmou que a cultura vai além da política e, apesar de os tempos serem difíceis, “sempre haverá uma janela, uma ponte ou pelo menos uma corda bamba para transitar”.
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