Essa medida contraria as obrigações de direito internacional dos Estados-membros da ONU, incluindo Israel, afirmou o organismo em comunicado.
A Unrwa lembrou que Israel é obrigado a cumprir as normas da Convenção Geral de Privilégios e Imunidades da ONU, que determinam que suas instalações são invioláveis.
Portanto, declarou a agência, a propriedade e os ativos da Unrwa estão protegidos contra busca, confisco, expropriação e qualquer outra forma de interferência.
A entidade também enfatizou que “as alegações das autoridades israelenses de que a Unrwa não tem direito de ocupar essas instalações carecem de fundamento”.
O comunicado criticou a retórica israelense contra a instituição, alertando que ela coloca em risco tanto os edifícios quanto o pessoal da agência.
As autoridades israelenses declararam publicamente que o objetivo de desocupar as instalações da Unrwa no bairro de Sheikh Jarrah é expandir os assentamentos ilegais na área ocupada de Jerusalém Oriental, destacou a declaração.
Em outubro do ano passado, o Knesset (Parlamento de Israel) aprovou uma lei que proíbe as atividades da Unrwa no país e nas áreas ocupadas sob seu controle, gerando uma onda de críticas internacionais.
Israel acusa a agência de ser cúmplice do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza, alegações rejeitadas tanto pela ONU quanto pelos palestinos.
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