Uma avaliação do impacto do terremoto no distrito de Fentale feita pelo governo e parceiros humanitários expôs a situação crítica no nível administrativo inferior, além da escassez acumulada associada ao conflito e à seca, informou a agência de notícias Addis Standard.

A comunidade Daga Hedu é classificada como tendo necessidades humanitárias “graves”, enquanto a comunidade Benti enfrenta condições “extremamente severas”. O relatório também identificou outras localidades vulneráveis ​​perto do epicentro da Montanha Fentale, incluindo Haro Kersa, Debiti e Kobo.

Desde o final de setembro de 2024, partes das regiões de Afar, Oromia e Amhara têm experimentado atividade sísmica significativa, com relatos de perceptibilidade em Adis Abeba.

Nas últimas semanas, a situação se intensificou com aproximadamente cinco tremores por dia com magnitudes variando de 4,3 a 5,8 na escala Richter.

A fonte confirmou na semana passada o deslocamento de quase 10.000 moradores na parte norte de Shewa, estado regional de Amhara, que faz fronteira com Afar. Esse número se soma às 80.000 pessoas afetadas nas regiões de Afar e Oromia, totalizando 100.000 nas três regiões.

De acordo com o relatório, “na maioria dos locais avaliados, o impacto dos tremores sísmicos nas condições de vida foi muito alto, afetando até três em cada quatro pessoas nas comunidades locais”.

Ele também alertou que muitas pessoas deslocadas estão vivendo em condições precárias perto da cidade de Metahara, sem acesso a alimentos, abrigo ou itens essenciais não alimentares. Eles dormem em áreas abertas, sem colchonetes ou lonas plásticas, pois o deslocamento repentino os impediu de levar seus pertences.

Ele destacou os riscos significativos à saúde pública decorrentes do terremoto, com acesso limitado à água limpa e saneamento aumentando a probabilidade de surtos de doenças.

Pessoas deslocadas na região de Afar estão em abrigos superlotados com acesso limitado a comida, água e suprimentos básicos, confirmou a mídia local.

De acordo com moradores deslocados pela recente atividade sísmica, a ajuda fornecida pelo governo e organizações humanitárias continua “insuficiente”.

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