28 de January de 2025
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Ataques federais abalam bairros operários em Porto Rico

Ataques federais abalam bairros operários em Porto Rico

San Juan, 27 jan (Prensa Latina) Bairros da capital de Porto Rico, onde hoje se concentram os dominicanos, foram abalados por operações de agentes norte-americanos em cumprimento ao decreto do presidente Donald J. Trump que visa deportações em massa.

Enquanto a incerteza prevalece entre os homens e mulheres dominicanos que vivem há anos nesta ilha caribenha de 3,2 milhões de habitantes, sob o domínio colonial da nação do norte, vários setores levantaram suas vozes contra o que consideram uma injustiça contra os trabalhadores humildes, que tomam em tarefas que não interessam aos porto-riquenhos devido aos seus baixos salários.

Agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) percorreram a área do Bairro Obrero, em Santurce, e Buen Consejo, em Río Piedras, entre outros lugares em busca de dominicanos em situação migratória irregular, mas que estão em Porto Rico por muitos anos.

A incerteza também afeta a população imigrante de haitianos que, assim como os dominicanos, estão expostos à deportação em meio à repressão desencadeada pelos decretos de Trump, que muitos comparam ao regime nazista de Adolfo Hitler.

Este domingo foi a primeira vez que este país foi abalado por operações para fazer cumprir a nova política migratória do presidente republicano, que também estão sendo realizadas no norte do país, onde na semana passada um porto-riquenho foi preso, major aposentado do Exército estadunidense, em seu trabalho em um condado de Nova Jersey.

José Rodríguez, presidente do Comitê Dominicano de Direitos Humanos, disse que as ações de agentes federais espalharam pânico em San Juan e outros municípios de Porto Rico, fazendo com que imigrantes ilegais não aparecessem para trabalhar.

“Há um pânico coletivo, então as pessoas não querem ir trabalhar, não querem ir para a construção, não querem ir cuidar dos idosos, não querem limpar casas”, disse Rodriguez, que estabeleceu que 52 por cento desse setor são mulheres. O ativista social denunciou a cumplicidade, sem dar nomes, de autoridades de Porto Rico e da República Dominicana, embora o prefeito de San Juan, Miguel Romero Lugo, tenha rejeitado a repressão federal a estrangeiros em situação irregular.

Rodríguez pediu à governadora Jenniffer González, apoiadora de Trump, que “enfrentasse a comunidade dominicana, muitos dos quais votaram nela”, em vez de promover a colocação de uma estátua do presidente no Paseo de los Presidentes, na ala sul do o Capitólio no setor Puerta de Tierra, em San Juan.

jcm/nrm/ls

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