Em entrevista à Prensa Latina, o escritor e pesquisador disse que não ficou surpreso com a decisão do novo governo americano, que também considerou uma injustiça extrema.
Ele lembrou que foi o presidente Donald Trump, em seu primeiro mandato à frente da Casa Branca, que reverteu todas as políticas de normalização das relações entre Cuba e Estados Unidos iniciadas por seu antecessor Barack Obama e pelo líder da Revolução Raúl Castro.
Depois, disse ele, no final de seu primeiro mandato em 2020, ele colocou Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo com a intenção de ganhar votos no estado da Flórida, o centro da política anticubana nos Estados Unidos.
Ullekh considerou que tais medidas coercitivas contra o povo cubano mostram que o fantasma de Lester Mallory, a pessoa que escreveu o infame memorando sobre Cuba em 1960, ainda assombra a Casa Branca, disse ele.
O proeminente jornalista ressaltou que Mallory, na época vice-secretário adjunto de Estado para Assuntos Interamericanos, é o arquiteto do modus operandi que os Estados Unidos continuam a empregar em suas relações com Cuba em termos de estrangulamento econômico do país caribenho.
Ele destacou que a doutrina de Mallory visa atacar a liderança cubana extremamente popular e que, para ele, a única maneira de se livrar desse apoio era garantir que o povo passasse por dificuldades, inclusive fome, e, como resultado do desespero, fosse forçado a se rebelar contra a liderança da ilha.
O jornalista indiano também enfatizou que a política dos EUA em relação a Cuba transfere muito dinheiro de vários programas federais para promover mudanças políticas no país caribenho, o que, segundo ele, era o objetivo original delineado por Lester Mallory em seu memorando.
Para Ullekh, a maioria dos americanos não tem ideia das políticas implementadas pelos Estados Unidos contra Cuba com o dinheiro dos contribuintes, como o bloqueio, que foi brutalmente condenado 34 vezes pela comunidade internacional na Assembleia Geral das Nações Unidas, lembrou ele.
Por isso, é um ato imoral da parte de Trump voltar a colocar Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo, reiterou.
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