O plano do presidente de enviar moradores de Gaza para o Egito e a Jordânia, por um curto ou longo período, foi denunciado nos territórios ocupados e também questionado pelo Cairo e Amã.
A presidência palestina expressou sua forte rejeição e condenação a qualquer iniciativa que vise deslocar o povo de Gaza, o que “constitui uma transgressão das linhas vermelhas contra as quais alertamos repetidamente”.
Não permitiremos a repetição das calamidades que sofremos em 1948 e 1967, disse ele em uma declaração, referindo-se aos anos da fundação de Israel e à chamada Guerra dos Seis Dias.
Ele agradeceu ao Egito e à Jordânia por sua postura contra o êxodo da população do enclave costeiro.
O chefe do Conselho Nacional Palestino, Rawhi Fattouh, também rejeitou o projeto de Trump.
Fattouh elogiou a firmeza do povo e sua capacidade de impedir e enfrentar o deslocamento, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.
Enquanto isso, o Comitê Central do movimento Fatah denunciou o plano de Trump e pediu que ele trabalhasse para manter a trégua alcançada e fornecesse ajuda à população da Faixa de Gaza.
Ele também criticou a recente decisão de Washington de suspender as sanções contra os colonos israelenses e aprovar o envio de mais bombas e mísseis para aquele país.
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) pediu ao governo republicano que arquive a iniciativa, lembrando que ela está de acordo com os desejos do governo de Benjamin Netanyahu.
A Casa Branca deve trabalhar para garantir que nosso povo obtenha sua liberdade e estabeleça um estado independente com Jerusalém como sua capital, disse ele.
Samir Abu Mudallala, membro do Bureau Político da Frente Democrática para a Libertação da Palestina, expressou uma opinião semelhante.
O chamado de Trump ignora a responsabilidade de Israel pela destruição do território e sua responsabilidade moral e legal de assumir o projeto de reconstrução em Gaza, ele alertou.
Nossos compatriotas lá não são rebanhos de ovelhas. Eles são transportados de um lugar para outro, sem qualquer consideração por sua humanidade ou direitos legítimos, disse ele.
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