Após um debate de quase 10 horas, acompanhado nas tribunas por organizações sociais, a Câmara Alta aprovou a iniciativa na madrugada de hoje por 40 votos a favor e apenas sete contra.

“Conseguimos construir um caminho de acordos e respeito à palavra dada”, disse a ministra do Trabalho e promotora da proposta, Jeannette Jara, que destacou que a aprovação do projeto beneficiará mais de três milhões de pessoas.

A senadora Isabel Allende, do Partido Socialista, elogiou as conquistas alcançadas após mais de dois anos de tramitação, que melhorarão as aposentadorias atuais e futuras dos idosos que não têm o suficiente para viver.

No debate, o senador Juan Antonio Coloma, do partido de direita União Democrática Independente e presidente da Comissão do Trabalho, explicou que foram realizadas 39 sessões no total, nas quais foram convidados diversos especialistas de todos os setores para fazer um diagnóstico.

Foi determinado que as pensões das mulheres são 11% menores que as dos homens e foi vista a necessidade de aumentar a Pensão Universal Garantida, disse ela.

Por sua vez, a senadora independente Alejandra Sepúlveda alertou que a diferença por gênero chega a 42% e considerou que o mais importante da proposta é a criação de um seguro social e o fato de que pela primeira vez os empregadores contribuam com a aposentadoria.

Daniel Núñez, do Partido Comunista, declarou que esta reforma gera mudanças porque os idosos não conseguem sobreviver, embora tenha alertado que eles continuarão lutando para acabar com as Administradoras de Fundos de Pensões, impostas há 45 anos e cujo modelo fracassou.

O projeto agora irá para a Câmara dos Deputados, onde são necessários no mínimo 73 votos para que se torne lei.

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