Criticando a reforma aprovada por 57 votos do Novas Ideias (NI) e aliados, de um total de 60, o deputado Marcelo Villatoro, do partido Arena, disse que “com essa decisão você pode ter um direito agora de manhã e perdê-lo à tarde…. Porque eles (Novas Ideias) tiveram a decisão caprichosa de modificar a Constituição”.
Depois que o Parlamento concordou em reformar o artigo 248 da Constituição, com o objetivo mais próximo de eliminar a “dívida política”, dinheiro do governo dado por lei aos partidos políticos para financiar suas campanhas, o presidente Nayib Bukele expressou sua satisfação.
Em seu relato no X, o presidente disse que a primeira reforma a ser aprovada pelo mecanismo acelerado de emenda constitucional adotado na quarta-feira seria a eliminação da dívida política, cumprindo assim uma promessa feita a seus compatriotas.
O novo mecanismo para reformar a Constituição exige 45 votos dos 60 atuais, em uma única aprovação. Mas ele só entrará em vigor oito dias após sua publicação no Diário Oficial, embora o presidente já o tenha como certo.
Prometemos eliminar a dívida política. As pessoas reclamaram que ainda não havíamos cumprido nossa promessa. Demorou um pouco, mas ouvimos as pessoas e hoje estamos cumprindo. Não há mais financiamento de partidos políticos com o dinheiro do povo, escreveu ele no X.
As declarações do presidente foram repetidas por apoiadores que elogiaram a decisão, mas criticadas por oponentes que acreditam que essa ação permitirá que máfias e traficantes de drogas intervenham no processo político.
Os partidos políticos receberam 85,7 milhões em dívidas políticas ao longo de 11 anos, de 2014 a 2024, de acordo com um relatório da organização Citizen Action.
Os críticos ficaram impressionados com o que a NI alcançou e até viram a possibilidade de o grupo de Bukele se estabelecer, na prática e por muito tempo, como um partido único no país.
Essa é uma desculpa para transformar a constituição em uma lei com a qual você (NI) pode fazer o que quiser e centralizar mais poder, questionou Cesia Rivas, deputada do partido Vamos.
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