Em 2014, a Itália tinha 12,8 milhões de jovens nessa faixa etária, enquanto dez anos depois esse número caiu para cerca de 12,1 milhões, segundo um estudo do Centro de Pesquisa da Confederação Geral Italiana de Artesãos (CGIA), entidade que também reúne empreendedores de Micro, Pequenas e Médias Empresas.
A contração da população jovem na década atingiu 5,8 por cento e afetou principalmente as regiões do sul do país, onde marcou um percentual alarmante de 14,7 pontos, com a situação mais grave nas províncias da Sardenha Meridional, Oristano e Isérnia, onde atingiu 25,4; 23,4 e 21,5 pontos percentuais, respectivamente.
Dos 747.672 jovens a menos registrados nos últimos dez anos, 730.756 estão nas regiões do sul, enquanto o número chegou a 119.157 no centro da Itália.
No entanto, o saldo foi positivo nas regiões do Norte, mais industrializadas, com aumento de 46.821 unidades no Nordeste e 55.420 no Noroeste, em grande parte devido à maior presença de imigrantes e jovens do Sul, área menos desenvolvida do país desta nação europeia, aponta a análise.
No âmbito do inquérito, foram monitorizadas 107 províncias, e apenas 26 registraram saldo positivo entre 2014 e 2024, entre as quais se destacaram Gorizia, Trieste, Milão e Bolonha, com respectivos aumentos da sua população entre os 15 e os 34 anos de 9,7; 9,8; 10,1 e 11,5 por cento, acrescenta o documento.
Segundo pesquisadores do CGIA, a perspectiva para os próximos anos é negativa, devido à emigração de jovens e ao declínio sustentado da taxa de natalidade, entre outros fatores, acrescentou a fonte.
mem/ort/hb