Em seu discurso na XII Cúpula Extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), o presidente disse que é impossível esquecer os episódios intervencionistas ocorridos na região há alguns anos, na administração de Donald Trump, que utilizou planos ilusórios e perigosos.
“Hoje, o governo dos Estados Unidos está tentando definir as opções para os países da região, que são se submeter a nós ou serem objeto de agressão”, alertou.
Díaz-Canel denunciou que, desde 20 de janeiro, o novo governo dos EUA tem demonstrado total desrespeito aos povos latino-americanos e caribenhos, por meio do uso de mentiras, manipulação e uso de epítetos racistas.
“Milhões de pessoas inocentes são rotuladas como criminosas por serem latino-americanas e caribenhas, e o governo dos EUA ameaça e tenta legitimar a imposição de medidas coercitivas unilaterais e outras decisões sem respeito às leis de outros países”, acrescentou.
Ele destacou que nesse cenário é preciso discernir entre a retórica e o desespero desses atores para atingir objetivos de curto prazo.
O Chefe de Estado considerou que esta reunião, uma iniciativa do Secretariado da ALBA-TCP, é muito útil para atualizar as prioridades de trabalho do bloco e debater os desafios atuais e futuros.
“Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para agradecer aos membros desta Aliança pelos seus esforços e pela sua exigência de que Cuba seja removida da lista de supostos países terroristas”, sublinhou.
Díaz-Canel destacou que o governo Biden, assim como o governo dos EUA, foi forçado a reconhecer, ainda que tardiamente, que não havia razão ou argumento para manter o país caribenho na “fraudulenta e espúria lista”.
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