“Acreditamos que precisamos realizar eleições. Temos cerca de 6,5 milhões de eleitores. O último presidente foi eleito com 500.000 votos. Nas próximas eleições, se um chefe de Estado for votado por três milhões de haitianos, será muito mais legítimo do que essa CPT”, enfatizou o líder desse aparato político, Leslie Voltaire.
Se assim for, em 7 de fevereiro de 2026, o poder será entregue a um dignitário eleito, disse Voltaire, representante do partido Fanmi Lavalas.
Esperamos que, em meados de maio, tenhamos um referendo sobre a Constituição e, a partir dessa consulta, saberemos que tipo de conselho eleitoral teremos na Carta Magna.
É então que podemos começar a falar sobre a disputa eleitoral, que deve se materializar até o final da primeira quinzena de novembro, e o segundo turno pode ocorrer em meados de janeiro, disse Voltaire ao jornal Le Nouvelliste.
Recentemente, o diretor executivo da organização independente Jurimédia, Abdonel Doudou, considerou que as condições existentes no Haiti hoje impedem que os planos eleitorais para 2025 se concretizem.
“A realização de eleições em 2025 é extremamente difícil, é impossível”, enfatizou Doudou.
Nenhuma das condições prévias para a realização das eleições foi atendida, especialmente porque o processo eleitoral é complexo. Por si só, ele pode levar tecnicamente um ano, explicou Abdonel.
Embora a situação de segurança seja frequentemente apresentada como um obstáculo à realização de eleições, o problema é, antes de tudo, político, observou ele.
Outra questão a ser levada em conta, segundo o diretor da Jurimédia citado pelo Le Nouvelliste, é o escândalo de corrupção envolvendo três membros do CPT, um fato que enfraquece o executivo.
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