Promovido pela Organização Mundial de Saúde, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer e a União Internacional contra o Câncer, o tema escolhido para o período 2025-2027 é “Unidos por um”, que coloca as pessoas no centro do cuidado e explora novas formas de fazer a diferença.
Os especialistas enfatizam que cada experiência de câncer é única e será necessário que cada um de nós, unidos, crie um mundo em que vamos além da doença e vejamos a pessoa antes do paciente.
O câncer é uma doença que faz com que um grupo de células do corpo cresça de forma anormal e incontrolável, resultando em um nódulo ou massa, o que ocorre em todos os cânceres, exceto na leucemia.
Se não for tratado, o tumor geralmente invade o tecido circundante e pode sofrer metástase para partes distantes do corpo, espalhando-se para outros órgãos e tecidos.
De acordo com as estimativas, um em cada dois homens e uma em cada três mulheres desenvolverão câncer em algum momento de suas vidas.
Mais de 14 milhões de novos casos são diagnosticados em todo o mundo a cada ano, e a doença causa 9,6 milhões de mortes nesse período.
Na noite de ontem, a Organização Pan-Americana da Saúde pediu aos governos da América Latina e do Caribe que fortaleçam o acesso a medicamentos e equipamentos essenciais para o tratamento do câncer.
Embora tenha havido progresso, dizem os especialistas, várias barreiras permanecem, incluindo os altos custos, sistemas de aquisição ineficientes e redes de distribuição limitadas, desafios que exigem uma abordagem abrangente para serem resolvidos.
A disparidade no acesso ao tratamento do câncer infantil é particularmente preocupante.
Na América Latina e no Caribe, estima-se que cerca de 30.000 crianças e adolescentes com menos de 19 anos serão diagnosticados com câncer anualmente, dos quais quase 10.000 morrerão da doença.
As desigualdades podem ser observadas em outros contextos: enquanto nos países de alta renda mais de 80% das crianças afetadas pelo câncer são curadas, nos países de média e baixa renda a taxa de cura é de apenas 20%, principalmente devido ao acesso limitado a medicamentos de qualidade e a preços acessíveis.
Por outro lado, o câncer do colo do útero ainda mata cerca de 40.000 mulheres nas Américas a cada ano, mas os especialistas dizem que, com estratégias adequadas, como a vacinação contra o papilomavírus humano, o acompanhamento e o tratamento, ele poderia ser eliminado como um problema de saúde pública.
lam/lpn/jb