Um relatório da Associação Italiana de Oncologia Médica (AIOM) apresentado em uma conferência em Roma hoje, por ocasião do Dia Mundial do Câncer, destaca que esses fatores que favorecem o desenvolvimento da doença afetam principalmente pessoas com dificuldades econômicas e baixo nível de escolaridade.
Saverio Cinieri, presidente da AIOM, disse ao apresentar a análise no evento, que tem como tema United for the One, que “já foi demonstrado que problemas financeiros levam à redução da sobrevivência de pacientes com câncer, com um risco 20% maior de morte”.
Na verdade, o consumo de álcool está ligado a sete tipos de câncer, a obesidade a 12, enquanto o fumo sozinho é responsável por 25% dos casos, disse Cinieri, que afirmou que no ano passado 390.100 pessoas foram diagnosticadas com câncer na Itália.
Nesse país, quase 60% dos adultos consomem álcool, um terço está acima do peso, um décimo deles sofre de obesidade, enquanto os sedentários representam 28 pontos percentuais do total e a porcentagem de fumantes é de 24 pontos, disse a fonte.
O relatório Cancer Figures in Italy 2024, produzido pela AIOM em conjunto com a Associação Italiana de Registros de Tumores (Airtum), detalha que 3,7 milhões de pessoas estão vivendo na Itália após um diagnóstico de câncer, um milhão a mais do que há 10 anos, o que representa um aumento de 37%.
Elisabetta Iannelli, secretária geral da Federação Italiana de Associações de Voluntários em Oncologia (FAVO) e vice-presidente da Associação Italiana de Pacientes com Câncer (Aimac), destacou essa conquista e enfatizou que “garantir a melhor qualidade de vida possível para os pacientes com câncer é um direito fundamental e inalienável”.
O tema United for the One, escolhido para a conferência de câncer de Roma, refere-se ao tratamento do câncer que se concentra em 360 graus na pessoa afetada pela doença e envolve os membros da família e toda a comunidade ao redor do paciente no processo de tratamento, acrescentou o diretor da AIOM.
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