A decisão surpreendente da montadora japonesa deixa cerca de dois mil trabalhadores em suas fábricas nos departamentos de Colonia e Canelones sem emprego.
O Ministério do Trabalho intercedeu junto à empresa, que considerou sua posição irreversível diante da alegada falta de competitividade e dos conflitos trabalhistas.
O novo ministro do trabalho, Juan Castillo, disse que os trabalhadores do setor haviam levantado preocupações com ele sobre o número de reestruturações, fechamentos de empresas e demissões entre o final do ano passado e janeiro de 2025.
A futura ministra da Indústria, Fernanda Cardona, também comentou sobre o assunto.
“É verdade que eles estão anunciando outras possíveis demissões em outros setores. Temos que trabalhar com cautela e não gerar uma corrida por empregos ou setores”, advertiu.
Nesse contexto, o presidente eleito, Yamandú Orsi, o próximo secretário da Presidência, Alejandro Sánchez, e os ministros designados da Economia e do Trabalho, Gabriel Oddone e Juan Castillo, respectivamente, se reunirão com representantes da Confederação de Câmaras Empresariais.
Antes disso, Orsi conduzirá uma reunião com membros da Secretaria Executiva do PIT-CNT, a central sindical unida do Uruguai.
No dia anterior, representantes da Câmara de Indústrias se reuniram com Cardona e outros membros do novo ministério.
Castillo, por sua vez, obteve feedback dos trabalhadores da fábrica da Yazaki em Las Piedras, Canelones.
O fechamento da fábrica das Fábricas Nacionais de Cerveja na cidade de Minas foi evitado no ano passado, mas não o fechamento do laboratório Eurofarma.
Também houve fechamentos no setor de laticínios, criando uma atmosfera de incerteza que preocupa tanto os sindicatos quanto os empregadores industriais.
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