“Em um de seus primeiros discursos, o presidente Trump, ao criticar a posição do governo de Joe Biden, afirmou sem ambiguidade que um dos maiores erros foi arrastar a Ucrânia para a OTAN”, disse o ministro das Relações Exteriores do gigante eurasiano em uma reunião com embaixadores credenciados em Moscou.
A esse respeito, o chefe da diplomacia russa disse que essas “são palavras que saudamos porque, pela primeira vez, o problema da OTAN foi marcado como algo que os Estados Unidos estavam dispostos a discutir seriamente”, enfatizou.
Lavrov observou que o erro foi finalmente admitido por um líder ocidental “e não qualquer um, mas o líder americano, o que significa o líder de todo o campo ocidental”, disse ele.
A Aliança Atlântica prometeu a Kiev aceitá-la na organização, mas até agora não especificou um prazo.
No entanto, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky, em um esforço para garantir a adesão da nação eslava em 2 de fevereiro, ofereceu seu exército de 800 mil homens como um “bônus” ao bloco militar ocidental.
As forças de Kiev à disposição da OTAN, caso o bloco militar aprove a adesão da Ucrânia, seriam especialmente úteis se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidir retirar o contingente de seu país destacado no exterior, disse ele em entrevista à AP.
Zelenski viu especificamente a adesão de Kiev à organização armada, firmemente rejeitada pela Rússia, como a opção “mais barata” para seus aliados, ao mesmo tempo em que fortalecia geopoliticamente o novo ocupante da Casa Branca.
Vários especialistas alertaram que o apoio da Aliança às autoridades ucranianas poderia desencadear um conflito armado direto entre a OTAN e a Rússia, com consequências imprevisíveis.
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