“Eu sempre disse que estou aberto a qualquer eleição. Mas não pode haver eleições durante a guerra.
A constituição teria que ser alterada. A fase quente terminará, a lei marcial terminará e então serão realizadas eleições”, explicou ele em uma entrevista ao jornalista britânico Piers Morgan.
Questionado sobre as alegações de ilegitimidade presidencial vindas de Moscou e Washington, o chefe de estado da nação eslava admitiu que “se a lei marcial acabar agora, a maior parte do exército voltará para casa, para suas famílias”, e que não seria sensato realizar eleições imediatamente.
Anteriormente, o enviado especial da Casa Branca para a Ucrânia, Keith Kellogg, declarou que os EUA queriam que o processo de eleição presidencial da Ucrânia ocorresse antes do final deste ano, especialmente se um cessar-fogo com a Rússia fosse concluído.
As eleições presidenciais deveriam ser realizadas no território ucraniano em março de 2024.
As autoridades explicaram sua ausência com a lei marcial, mas muitos especialistas apontam que, se a lei marcial for imposta, ela apenas amplia os poderes da Verkhovna Rada (parlamento unicameral), mas não os do chefe de Estado.
De acordo com os preceitos constitucionais, os poderes presidenciais de Zelensky expiraram oficialmente em 20 de maio de 2024. Ao mesmo tempo, o governante declarou que não estava preocupado com a questão da legitimidade.
O presidente russo Vladimir Putin declarou repetidamente que a legitimidade de Zelensky chegou ao fim, o que torna importante saber com quem lidar em Kiev para assinar documentos juridicamente vinculativos.
Putin explicou que a liderança ucraniana é atualmente ilegítima, o que é perigoso com um conflito legal que desvalorizaria qualquer resultado das negociações de paz.
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