Embora o território sul só tenha tido um doente, as medidas são intensificadas naquela zona, enquanto nos distritos mais afetados pela doença: Luanda, Icolo e Bengo, a campanha de vacinação continua. Na véspera, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, verificou o processo de vacinação contra a cólera nesta última província, onde deverão ser aplicadas 43 mil doses nos bairros mais afetados.
Lutucuta manifestou preocupação com o aumento exponencial de casos positivos nas localidades do Dande, Barra do Dande e Úcua, e apelou ao redobramento das ações de comunicação de risco e com as comunidades, para que a população se envolva na prevenção.
As autoridades locais indicaram que estão a trabalhar para melhorar o saneamento básico e o abastecimento de água potável nas zonas afetadas, juntamente com o atendimento aos pacientes.
Angola iniciou segunda-feira uma campanha de vacinação contra a cólera, que deverá atingir mais de 948 mil pessoas, incluindo residentes nas comunidades com maior número de casos e profissionais de saúde na linha da frente do combate à doença.
O país conta com uma doação da reserva da Organização Mundial da Saúde (OMS) para estes casos e, juntamente com outras ações implementadas, pretende conter a propagação da epidemia no mês de março.
A vacina utilizada, Euvichol-S, é administrada por via oral e pode ser aplicada em todas as pessoas com um ano ou mais, em dose única, processo em que participam mais de seis mil pessoas no país.
O Governo enfrenta a cólera através do trabalho de uma comissão multissetorial que atua em sete pilares básicos: gestão de casos, acesso à água potável, segurança alimentar, saneamento e higiene ambiental, vigilância epidemiológica ativa, comunicação de riscos e compromisso comunitário, bem como vacinação.
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