Durante sua visita a nações centro-americanas, Rubio criticou essa colaboração e acusou o gigante asiático de interferência no Canal do Panamá, ao mesmo tempo em que abordou outras questões como a Iniciativa Faixa e Rota, 5G, segurança cibernética e o princípio de “Uma só China”.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China chamou essas declarações de “imprecisas” e carregadas de “mentalidade da Guerra Fria” e “ideologia tendenciosa”.
Ele afirmou que os Estados Unidos buscam afetar as relações entre a China e os países latino-americanos, interferindo nos assuntos internos de Pequim e prejudicando seus interesses legítimos.
O gigante asiático reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento de relações amigáveis e cooperativas com a América Latina e o Caribe, com base nos princípios de respeito, igualdade, benefício mútuo, abertura e inclusão.
Pequim disse que a interferência dos EUA nos laços com a região não tem sustentação e é inútil.
Ele enfatizou que a cooperação entre a China e a América Latina e o Caribe é genuína e é realizada sem pré-condições, sem objetivos geopolíticos e sempre para benefício mútuo.
Em relação à soberania do Canal do Panamá, ele expressou seu apoio ao país centro-americano e enfatizou que Pequim nunca esteve envolvida na administração ou no controle do Canal.
Sobre a Iniciativa Faixa e Rota, a China reafirmou que essa é uma plataforma de cooperação econômica aberta, que desde seu lançamento em 2013 beneficiou mais de 150 países.
Nesse sentido, ele disse que as críticas dos EUA ao projeto são uma tentativa de sabotar a colaboração internacional.
Em relação ao 5G e à segurança cibernética, a China enfatizou que sua tecnologia é reconhecida mundialmente por sua eficiência e segurança, e que as políticas de bloqueio e difamação de empresas nacionais só prejudicam aqueles que as implementam.
Por fim, o Ministério das Relações Exteriores reafirmou que Taiwan faz parte da China e que Pequim é o único governo legítimo de todo o território chinês.
A posição “Uma só China” foi reconhecida por 183 países, demonstrando seu status como um princípio universalmente aceito, acrescentou.
Além das tensões diplomáticas entre Pequim e Washington, há as tensões comerciais, já que o presidente dos EUA, Donald Trump, lançou a primeira pedra em uma guerra tarifária que provocou uma resposta rápida da China.
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