De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, Beijing se opõe firmemente aos esforços dos EUA para desacreditar e minar a cooperação no âmbito do projeto por meio de pressão e coerção.
Ele também expressou insatisfação com o anúncio do Panamá de não renovar o memorando de entendimento dentro do IFR, do qual faz parte desde 2017.
Lin lembrou que essa é uma iniciativa de cooperação econômica e que cerca de 150 países, incluindo mais de 20 nações latino-americanas, estão participando ativamente dela.
“Os resultados beneficiaram os povos de todos os países, inclusive o Panamá”, enfatizou o porta-voz, acrescentando que esperava que o lado do istmo “tomasse a decisão certa no interesse geral das relações bilaterais e nos interesses de longo prazo dos dois povos”.
Após sua reunião com o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, anunciou que seu governo não renovará sua participação no IFR.
Outra questão questionada por Washington com relação aos laços entre a China e o Panamá é a suposta interferência no Canal, uma acusação que tanto a China quanto Beijing têm negado repetidamente.
Mulino declarou hoje que não romperá os laços diplomáticos com o gigante asiático (estabelecidos em 2017), em meio às ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump.
Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores defendeu hoje seus laços com a América Latina e o Caribe, ao mesmo tempo em que condenou as declarações de Rubio sobre essa questão e outras, como 5G, segurança cibernética e o princípio “Uma só China”.
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