Como as tentativas anteriores de derrubar o chefe de Matignon, que assumiu o cargo em dezembro, a que será debatida nesta tarde na câmara foi apresentada pelo La France Insoumise com o apoio dos ecologistas e dos comunistas, membros do bloco de esquerda Nova Frente Popular, que também inclui o Partido Socialista (PS).
A moção responde, como as duas rejeitadas na semana passada, ao uso que Bayrou fez do artigo 49.3 da Constituição para evitar uma votação parlamentar sobre a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 e das dotações da Previdência Social.
Também em meados de janeiro, a Assembleia Nacional descartou a censura, então solicitada após o discurso de política geral do primeiro-ministro.
Até o momento, nem o PS nem o partido de extrema direita National Rally (RN) se juntaram às moções, o que fizeram no início de dezembro do ano passado, quando o primeiro-ministro da época, Michel Barnier, foi destituído sem nem mesmo 100 dias no cargo.
Bayrou fez algumas concessões em seu projeto de orçamento aos socialistas e ao RN, que, embora o tenham criticado e ameaçado, optaram por não provocar sua queda.
No entanto, o primeiro-ministro francês está andando na corda bamba diante das linhas vermelhas estabelecidas pela oposição, que, apesar de suas diferenças ideológicas, já demonstrou no caso de Barnier que pode se unir para conseguir a censura.
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