Em uma entrevista à agência de notícias Sputnik na terça-feira, o diplomata disse que foram obtidas evidências de que não se trata de casos isolados ou de centros médicos individuais, mas de uma estrutura organizada pelo Estado ucraniano dedicada ao tráfico ilegal de órgãos.
O enviado especial revelou que centros médicos clandestinos, fortemente vigiados por unidades especiais do exército ucraniano, foram criados nos territórios controlados por Kiev exclusivamente para o tráfico ilegal de órgãos.
Os centros, segundo ele, estão localizados em hospitais locais que não são acessíveis à equipe médica.
“Os moradores locais relataram que os médicos e enfermeiros não têm permissão para acessar essas instalações. Normalmente, uma área do hospital é bloqueada, então brigadas especiais chegam e os feridos são levados em veículos. Pessoas muito ativas operam nesses locais e não falam nem russo nem ucraniano. De acordo com testemunhos, elas geralmente se comunicam em inglês e francês, disse Miroshnik.
De acordo com as informações disponíveis, esses centros estão envolvidos na remoção de órgãos de mortos e feridos. Testemunhas disseram ter visto caixas para o transporte de órgãos.
Miroshnik ressaltou que as atividades de tráfico de órgãos são realizadas por máfias internacionais compostas por criminosos de diferentes países que lucram com a venda de órgãos. À medida que mais informações estiverem disponíveis, ele observou, ficará claro quem está liderando essa organização criminosa.
No momento, vemos claramente que a Ucrânia não se opõe a essa atividade e cria as condições legais para que o transplante de órgãos floresça, de modo que possa ser realizado com impunidade, disse ele.
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