Segundo um estudo publicado na revista Nature Geoscience, essas modificações apareceram em ondas de terremotos que chegaram ao centro da Terra e graças a trabalhos anteriores, onde detectaram uma mudança na rotação do núcleo, foi mais fácil interpretar as variações na altura das ondas sísmicas e defini-las como alterações.
A pesquisa utilizou dados sísmicos coletados de 1991 a 2023, incluindo 121 terremotos repetidos registrados em 42 locais próximos às Ilhas Sandwich do Sul, na Antártica, e analisou formas de onda de estações de matriz receptora localizadas perto de Fairbanks, no Alasca, e Yellowknife, no noroeste do Canadá.
As mudanças podem ser devidas à convecção no núcleo externo, que exerce uma atração magnética sobre a parte menos viscosa do núcleo sólido, o que significa que essa camada não é completamente sólida, disseram os especialistas.
Durante anos, os cientistas acreditaram que o núcleo interno era uma esfera sólida e estável feita de ferro e níquel, com um raio de aproximadamente 1.221 quilômetros, cerca de 70% do tamanho da lua.
Outra possível causa são as interações entre o núcleo interno e as formações no manto inferior, que fica entre o núcleo e a crosta.
Essa camada atinge temperaturas de até 5.400 graus Celsius e pressões de até 365 gigapascal, três milhões de vezes mais altas do que a pressão atmosférica média da Terra, portanto, a observação direta é impossível e os estudos são feitos com base nas transformações no tamanho e na forma das ondas sísmicas.
Com diferentes escalas de tempo e materiais, ele também é responsável pelo campo magnético do planeta, que funciona como um escudo contra a radiação solar nociva, de modo que suas modificações estruturais colocam a comunidade científica em alerta.
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