O Ministério das Relações Exteriores disse em um comunicado que o Cairo sediará a reunião de emergência, após vários dias de contatos intensos no Oriente Médio sobre o assunto.
A reunião estava originalmente marcada para 27 de fevereiro, mas no domingo o vice-secretário-geral da Liga Árabe, Hossam Zaki, disse que ela seria adiada por alguns dias devido a problemas logísticos.
A mídia regional disse que a cúpula foi uma resposta à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de expulsar moradores do enclave costeiro sob a justificativa de reconstruí-lo.
Egito, Jordânia, Palestina e outras nações árabes condenaram veementemente o projeto, considerando-o uma violação das leis e normas internacionais.
Diante dessa situação, as autoridades deste país do norte da África traçaram um plano que permitiria a reconstrução de Gaza sem expulsar os mais de dois milhões de palestinos que ali vivem.
Zaki explicou que a cúpula de emergência tem como objetivo estabelecer uma posição árabe forte e unificada sobre a causa palestina, particularmente em resposta aos esquemas israelenses e norte-americanos.
Nas últimas semanas, o presidente egípcio Abdel Fattah El-Sisi reiterou sua oposição ao deslocamento da população da Faixa e insistiu em manter a trégua e a criação de um estado palestino.
Durante reuniões com vários estadistas e figuras mundiais nos últimos dias, o presidente reafirmou a posição de seu governo, que é apoiada por todos os seus vizinhos árabes.
Esta é uma injustiça na qual não podemos participar, disse El-Sisi em resposta ao projeto da Casa Branca.
Há direitos históricos que não podem ser ignorados, destacou o líder, que alertou que a opinião pública egípcia, árabe e internacional pede que a injustiça cometida contra este povo desde 1948 seja corrigida.
O Ministério das Relações Exteriores egípcio anunciou na semana passada que também sediará uma reunião ministerial de emergência da Organização de Cooperação Islâmica para abordar a mesma questão, após a reunião da Liga Árabe.
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