Delegações lideradas pelo Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e pelo Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, mantiveram conversas a portas fechadas na terça-feira, o que também pode sinalizar uma melhora na comunicação e nos laços entre as duas potências mundiais, informou a CBS News.
No entanto, a reunião sobre o destino da Ucrânia foi realizada sem a participação de Kiev, observou a ABC News.
A CNN informou que os Estados Unidos e a Rússia concordaram com quatro princípios após negociações que duraram mais de quatro horas em Riad, disse Rubio, explicando que eles restaurarão “a funcionalidade de nossas respectivas missões em Washington e Moscou”.
“Também nomearemos uma equipe de alto nível para ajudar a negociar e trabalhar para acabar com o conflito na Ucrânia de uma forma que alcance uma paz duradoura e aceitável para todas as partes envolvidas”, disse o chefe da diplomacia dos EUA.
Além disso, eles começarão a “discutir, pensar e examinar a cooperação geopolítica e econômica que poderia resultar do fim do conflito na Ucrânia”, enfatizou.
“Nós cinco que estivemos aqui hoje… continuaremos envolvidos neste processo para garantir que ele avance de forma produtiva”, disse Rubio, referindo-se a si mesmo, ao conselheiro de segurança nacional Mike Waltz, ao enviado especial Steve Witkoff, bem como ao ministro das Relações Exteriores russo Sergey Lavrov e ao assessor presidencial russo Yuri Ushakov.
Mas nem a declaração da porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, nem outros detalhes oferecidos indicaram algo sobre o envolvimento da Ucrânia ou de seus vizinhos europeus nas negociações, observou a CBS News.
Antes de sua viagem a Riad, Rubio disse em entrevista ao programa Dance the Nation que em termos de negociações para acabar com a guerra na Ucrânia “temos um longo caminho a percorrer” e, quanto à Ucrânia, considerou que se “negociações reais” começarem, esse país “terá que participar”, assim como as nações europeias.
Enquanto isso, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky alertou que seu país não aceitará o resultado de nenhuma negociação conduzida sem a participação de Kiev.
Em 12 de fevereiro, Trump e seu colega russo, Vladimir Putin, tiveram uma primeira conversa telefônica, que o republicano descreveu como produtiva. Há rumores de que ambos os líderes podem se encontrar em um futuro próximo.
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