Segundo Veloz, a situação atual demonstra um “fracasso total” das políticas de segurança e do Plano Fênix promovido pelo governo do presidente e candidato à reeleição, Daniel Noboa.
Em entrevista coletiva na sede parlamentar, a deputada lamentou que os recentes acontecimentos violentos tenham menores como vítimas colaterais.
O chefe da Assembleia considerou “inaceitável e de grande preocupação” a nomeação do general Fausto Buenaño como novo ministro do Interior, já que ele estaria vinculado a atos de corrupção em favor de Adolfo Macías (Fito), líder do grupo criminoso Los Choneros.
O legislador também mencionou que Buenaño está sendo investigado pela Controladoria Geral da União porque não conseguiu justificar seu aumento de patrimônio após uma auditoria.
É, portanto, preocupante que o responsável pelo ministério responsável pela segurança dos equatorianos tenha essas questões sérias, disse Veloz.
Sobre o tema da segurança, o presidente Noboa defendeu seu governo na terça-feira e disse que está travando uma guerra contra organizações criminosas que movimentam 30 bilhões de dólares por ano, valor equivalente a 24% do Produto Interno Bruto do país.
Essas declarações foram feitas depois que o comandante do Grupo de Operações Especiais da Força Aérea, Porfirio Cedeño, foi morto a tiros em Guayaquil na última sexta-feira.
Há mais de um ano, o Equador está em meio a um conflito armado interno declarado por Noboa para combater gangues do crime organizado.
Com base nessa declaração, o presidente declarou vários estados de emergência nas províncias mais afetadas pela insegurança para que as Forças Armadas pudessem atuar em conjunto com a Polícia Nacional para conter a violência. No entanto, os crimes continuam e há relatos de violações de direitos humanos.
Nesse contexto, e às vésperas do segundo turno das eleições, o presidente que busca a reeleição decidiu há poucos dias substituir a ministra do Interior, Mónica Palencia, e nomear Buenaño em seu lugar.
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