As medidas de pressão fazem parte das manifestações planejadas pela aliança Povo Unido pela Vida, que nesta semana inclui uma marcha na quinta-feira do Parque Belisario Porras até as proximidades da Assembleia Nacional, onde acontece o segundo debate da iniciativa apresentada pelo Governo em 6 de novembro.
As deliberações sobre a lei ocorrem em meio a um processo judicial contra 83 membros do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Construção Civil e Similares (Suntracs), que foram reprimidos na última quarta-feira pela polícia de choque e acusados de gerar violência.
Na véspera, a juíza de garantias convocou recesso na audiência e a previsão é que na terça-feira ela decida sobre as medidas cautelares para os pedreiros presos no dia 12 de fevereiro na construção do novo Hospital Infantil.
Segundo o Ministério Público, a prisão preventiva foi solicitada em razão da gravidade dos crimes imputados ao grupo, que é acusado de agredir servidores públicos, atentar contra a segurança coletiva, o patrimônio econômico, a liberdade individual e a integridade pessoal.
O secretário-geral do Suntracs, Saul Mendez, acusou o chefe da Polícia Nacional, Jaime Fernandez, de permitir que detidos, incluindo dezenas de mulheres, fossem torturados.
A Suntracs enviou um relatório à Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o andamento dos protestos contra uma lei de seguridade social, conforme divulgado hoje.
A explicação à OIT também foi assinada pelo secretário-geral da Confederação Nacional da Unidade Sindical Independente (Conusi), Marco Andrade.
O documento destaca que os detidos foram submetidos a tratamento cruel e que, ao mesmo tempo, os advogados de defesa apontam vários obstáculos para poder prestar esse serviço.
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