21 de February de 2025

Ferreira de Alencar ajudou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a impedir que eleitores do Nordeste votassem no segundo turno do segundo turno das eleições daquele ano, vencido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na época, ela era diretora de inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Com a proximidade do segundo turno, em outubro de 2022, a funcionária solicitou que fossem coletados dados sobre os locais onde Lula havia votado de forma expressiva contra o então presidente Bolsonaro, que buscava a reeleição, o que levantou suspeitas e foi percebido pelo responsável pela coleta de estatísticas.

O chefe dessa área expressou perplexidade com as solicitações da diretora de inteligência, uma vez que seu trabalho deveria se concentrar na segurança das eleições, e não na análise de resultados que poderiam orientar as ações da PRF.

Na terça-feira, a Procuradoria Geral da República acusou formalmente Bolsonaro e mais 33 pessoas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de Estado.

Também por dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com dano considerável à vítima e deterioração do patrimônio declarado.

O Ministério Público considera que houve “manejo indevido” das forças de segurança para dificultar a votação dos eleitores nas regiões onde Lula venceu o primeiro turno.

A análise das comunicações também confirma o esforço incessante, crescente e coordenado para manipular o processo eleitoral e o uso de força material para impedir o acesso de supostos eleitores do adversário às temidas urnas eletrônicas.

Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, o chefe da inteligência fazia parte do grupo que tentava “manter a permanência ilegítima” de Bolsonaro na presidência.

Em segundo plano, os réus com cargos profissionais relevantes gerenciavam as ações desenvolvidas pela organização.

Juntamente com Ferreira de Alencar, o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques e o delegado Fernando Sousa de Oliveira, ex-número dois da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), coordenaram o uso das forças policiais para tentar manter, de forma espúria, o político de extrema-direita no poder.

Por enquanto, o caso está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, que deve decidir se aceita a acusação de conspiração golpista em 2022. Em caso afirmativo, Bolsonaro e os outros envolvidos se tornarão réus e estarão sujeitos a processos criminais em um tribunal superior.

ro/ocs/bm

© 2016-2021 Prensa Latina
Agência Latino-americana de Notícias

Rádio – Publicações – Vídeos – Notícias a cada minuto.
Todos os Rigts Reservados.

Rua E No 454, Vedado, Havana, Cuba.
Telefones: (+53) 7 838 3496, (+53) 7 838 3497, (+53) 7 838 3498, (+53) 7 838 3499
Prensa Latina © 2021.

EDICIONES